
WORKSHOP: Uso de dados geocientíficos em sistemas de informação digitais modernos no ambiente de exploração mineral (bluesky, greenfield e brownfield/near-mine)
Detalhes do Curso
O processo de descoberta de um jazimento mineral inevitavelmente se inicia com interações no meio físico em superfície/subsuperfície por meio de um conjunto de técnicas agrupadas na prospecção e pesquisa mineral. Tais tem por fim obter dados que representem o meio físico para que se possa estudá-lo de forma efetiva – sob o domínio das condições fisiográficas, acesso a tecnologia, capital e tempo, bem como domínio técnico – e gradualmente reduzir o espaço de procura pelos bens minerais considerados e possivelmente observáveis no contexto geológico em evidência.
A atividade de prospecção e pesquisa mineral leva a geração de uma infinidade de dados geocientíficos – geologia, geofísica, geoquímica, meio ambiente, etc – com componentes espaciais (espaço tridimensionais), temporais (tempo absoluto, múltiplas fases de levantamentos, etc), e financeiras associadas. Estes dados são o principal alimento do programa de exploração mineral por fomentar decisões técnicas relevantes e que orientam os negócios, bem como figuram como um dos principais produtos dos projetos por representar a realidade física do objeto mineral com algum nível de confiabilidade.
Lidar com esta infinidade de dados pode ser desafiador dada a complexidade inerente à obtenção dos dados, escalas espaciais associadas, fenômenos físicos e químicos que podem explicar as observações. Programas de exploração mineral são projetos de longo prazo e frequentemente passam por diferentes gestões e decisões tomadas ao longo de seu ciclo de vida. Esta realidade é diretamente refletida nos dados obtidos no espectro de disponibilidade, variedade, qualidade e nível de confiança que se pode atribuir a eles.
A crescente modernização nas geociências em termos do que/como/onde/quando se pode medir propriedades do meio físico (p.ex., propriedades físicas e químicas, dimensões espaciais, etc) e sobre como se podem agregar e perscrutar os volumes de dados e realizar interpretações sobre eles traz desafios. É importante conscientizar o usuário das limitações na criação dos dados, em seu armazenamento e manipulação e elucidar os fenômenos geológicos/geocientíficos que regem seu comportamento para que sua interpretação seja exequível e correta.
Neste cenário, o treinamento apresentará uma perspectiva histórica na criação de dados em geociências no meio de exploração mineral, como os mesmos se transformam nos diferentes momentos dos projetos e direções adiante para sua preservação e uso consciente. Exemplos relevantes de fatores geológicos associados à formação de recursos minerais no meio físico serão explicitados para demonstrar como a seleção adequada dos dados a ser colhidos e técnicas de uso dos mesmos podem afetar a qualidade do portfólio de informação extraída a ser utilizada na tomada de decisão.
Público-alvo
São convidados para participar deste encontro os profissionais que atuem nas áreas de definição, gestão e valoração de projetos minerais – pesquisa, exploração, declaração e operação de recursos e reservas – amostragem, controle de qualidade, sistemas de gestão da informação, envolvidos na elaboração de relatórios, interpretação, avaliação ou avaliação de ativos minerais para projetos em desenvolvimento.
Este curso beneficiará especialistas, profissionais qualificados, gestores técnicos, consultores, revisores/auditores internos e externos, diretores e investidores preocupados com a precisão, qualidade e transparência no uso de dados geocientíficos, produção de resultados a ser reportados, independentemente do tamanho ou maturidade do empreendimento mineral.
Profissionais de Geologia, Engenharia de Minas, Geografia, Administração de Sistemas, Analistas de dados, e nível Técnico em Geologia e de Mineração.
Local
Savassi, Belo Horizonte – Minas Gerais.
Duração
O workshop tem duração de 8 horas.
Instrutor
JOÃO GABRIEL MOTTA
Geólogo (UNESP), Mestre (UNESP) em Geociências e Meio Ambiente, Doutor (UNICAMP) em Geologia e Recursos Naturais. Profissional de exploração mineral com experiência em geração, operação, gestão e avaliação de projetos minerais em estágio de exploração. Experiência em múltiplas jurisdições, níveis organizacionais e setores da indústria mineral e pesquisa técnica-acadêmica.
Pesquisador, instrutor e palestrante em universidades e fóruns técnicos internacionais. Desenvolvedor e praticante de usos de técnicas modernas para utilização de dados geocientíficos no ambiente de exploração mineral. Membro da Society of Economic Geologists (SEG) e Australasian Institute of Mining and Metallurgy (AusIMM).
Investimento
LOTE 1 (Até o dia 23.05):
Profissionais – R$ 2.370,00
Estudantes de graduação / pós-graduação (bolsista – dedicação integral): R$ 1.370,00 (somente 5 vagas, preenchidas mediante confirmação de pagamento)
VAGA INCLUSIVA (Mulheres negras, indígena e PCD): gratuita (somente 2 vagas, enviar interesse para geoansata@geoansata.com.br com linkedin e CV)
LOTE 2 (De 24.05 até o dia 10.06):
Profissionais – R$ 2.970,00
Estudantes de graduação / pós-graduação (bolsista – dedicação integral): R$ 1.970,00 (somente 5 vagas, preenchidas mediante confirmação de pagamento)
Por Que Fazer Este Curso?
Entenda os Benefícios
- – Aumentada compreensão do processo de criação, consolidação, distribuição, exploração e interpretação de dados geocientíficos em exploração mineral através de uma perspectiva histórica e atenção aos fatores governantes para a sua criação.- Discuta como reconhecer potenciais falhas e problemas inerentes a dados geocientíficos utilizados em exploração mineral independente de sua idade relativa no projeto.- Aprenda como aferir a efetividade de suas iniciativas de criação de dados dentro de um programa de exploração geológica utilizando uma base técnica robusta e guiada por processos geológicos.- Conscientização sobre potenciais ganhos entre estratégias de interpretação de dados tradicionais e modernas abordagens matemáticas-computacionais modernas. A realidade da sua interpretação em meios digitais teve seu balanço perturbado nos últimos anos dada a crescente facilidade de acesso a diferentes dados geocientíficos e em particular acesso a técnicas matemático-computacionais avançadas (p.ex., inteligência artificial).
Conteúdo Programático
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Bloco A – Perspectiva histórica, observações e potenciais direções adiante.
Parte 1) Perspectiva histórica de dados em geociências, observações comuns (boas e ruins) em criação e acervo de dados geocientíficos
- dados geocientíficos: formas de representar o meio físico em meio digital – como surgiram, como fizemos, como fazemos.
- como se originam dados geocientíficos em um projeto de exploração mineral?
- como se transformam os dados ao longo do tempo de vida de um projeto de exploração mineral?
- dado versus informação – uma definição necessária.
- práticas com dados em exploração: comentários gerais e exemplos sobre práticas construtivas e prejudiciais.
Parte 2) O dado como um momento do projeto: utilização e potenciais dificuldades.
- dados tem uma época/pensamento associado a eles: como isso se dá e porquê?
- definição de um dado histórico: o que é, o que retrata e o que se pode aprender com eles?
- estruturas e formatos de dados comuns em projetos de exploração mineral: exemplos e comentários gerais.
- metadados: informação contextual precisa ser preservada para ser útil.
- perspectiva 7D sobre dados – x,y,z geográficos, V: variável/método utilizado, T: época de coleta, t: época de edição, v: versão do produto.
- gestão de dados: ferramenta necessária.
- como se cria um acervo de dados efetivo em projetos de exploração mineral que pode resistir ao tempo?
Bloco B – Ligando processos geológicos a dados e tecnologias.
Parte 3) Sistemas minerais para gerar uma visão orientativa sobre dados
- sistemas minerais: visão de processos geológicos e seus produtos com ocasional resultado em um depósito mineral.
- preposições básicas para criar/usar dados eficientes para o propósito de mapear partes de sistemas minerais.
- o que medimos e como isso reflete o que podemos fazer: pensar antes de adquirir.
- exemplo de uso de pensamento de sistemas minerais para orientar coleta/uso de dados – sistemas Iron Oxide-Copper-Gold e/ou Orogenic Gold
Parte 4) Soluções possíveis para ajustar os dados a uma geologia digitalizada: cérebro humano, IAs, algoritmos e benchmarks
- como conciliar o que pensamos com cérebros orgânicos sobre sistemas minerais com os sistemas digitais em negócios de exploração mineral?
- vieses em dados de exploração mineral – presença e mitigação.
- incerteza em exploração mineral e mapeamento de potencial mineral.
- sistemas de aquisição de dados em grande volume.
- IA’s, ML’s e Big data – como nos encaixamos na exploração mineral em geral?